segunda-feira, 28 de março de 2011

Mentira sincera sem créditos.

Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje, não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim. 


Carlos Drummond de Andrade




quarta-feira, 23 de março de 2011

Carregar e ficar pronto! Sua sobrevivência depende de três coisas!

Um policial à paisana caminha em direção a uma casa lotérica. Ele porta uma pistola que está carregada e pronta. Enquanto anda, o policial confere as contas que precisa pagar; ele entra na casa lotérica, e então alguém aponta uma arma para ele e anuncia o assalto.

Enquanto isso, outro policial sai do supermercado empurrando o carrinho de compras. Ele também porta uma pistola que está carregada, mas não pronta. Durante o trajeto até seu carro, este policial observa o ambiente à sua volta. A poucos metros do veículo, ele percebe a aproximação de dois suspeitos. Então, o policial precisa tomar uma decisão e agir.

Agora a pergunta: qual destes policiais está real e completamente pronto para o confronto? A resposta: nenhum. Mas, por quê?

Porque muito da capacidade para se estar a salvo depende de três fatores básicos. Estes três elementos formam um triângulo de autodefesa sustentável. Contudo, basta retirar um dos elementos para que o triângulo se desfaça. Os princípios da autodefesa são o estado de alerta, o preparo mental e a prontidão para reagir rápido e de modo eficaz. Então, uma análise superficial dos eventos mencionados mostra que embora os policiais possuíssem planos de autodefesa, ambos eram falhos, pois faltava um dos elementos. O primeiro policial estava pronto, porém desatento. O segundo estava alerta, mas incapaz de ser rápido o suficiente.

O estado de alerta é provavelmente o atributo mais importante que alguém pode possuir, pois é a capacidade de observar as pessoas e as situações visando à antecipação ao perigo que está à espreita. E quanto mais cedo você detecta e reconhece um problema em potencial, mais opções você tem para decidir como resolvê-lo. Apesar disso, algumas pessoas relatam que criminosos costumam surgir do nada. Mas a verdade é que as vítimas potenciais estão tão desatentas que são incapazes de perceber a presença e a aproximação dos suspeitos. Em outras ocasiões, a falta de atenção conduz você para situações perigosas. E até que você perceba o que está acontecendo, já não há muita esperança. É como se você estivesse caminhando e olhando para os pés, e quando olhasse para frente se deparasse com os becos de uma favela. Então, quão rápido você percebe o que está realmente ocorrendo? Como já disse em outro artigo, quanto mais atento você estiver, menor a sua chance de ser pego de surpresa.

O preparo mental surge da necessidade de não se cometer erros nas situações mais importantes e decisivas. Situações que fazem a diferença entre viver ou morrer. Como o nome já diz, o preparo mental é um treinamento prévio baseado na imaginação. Funciona, grosso modo, da seguinte maneira: um colega lhe conta uma história sobre outro policial que foi assassinado durante um assalto num cruzamento qualquer. E o que você faz? Você vivencia mentalmente esta história como se você fosse a vítima, mas analisando a ocorrência e reagindo de modo que sobreviva ao confronto. É como se você se perguntasse: “O que eu faria de diferente se fosse comigo?” Com este tipo de treinamento, sua mente diz ao corpo o que fazer. Mas, sem esta preparação antecipada, seu corpo hesitará – até mesmo para escapar. Na confusão, descrença e incerteza de uma agressão, você precisa forçar seu corpo para reagir a tempo. E é aí que entra o preparo mental, pois ele diminui o tempo de paralisia.

Você já pensou se seu modo de vida atual e o cuidado com a própria segurança permitem perceber a aproximação do suspeito? Será que sua mente está realmente preparada para ordenar que você saque sua arma daquele coldre barato que está debaixo da camisa, e então carregue e fique pronto antes de receber o primeiro tiro? Quando você imagina um confronto, você normalmente perde ou sobrevive?

Enquanto algumas pessoas escolhem não utilizar a força física como meio de autodefesa, outras não têm tanta delicadeza. Mas, cada uma das escolhas carrega responsabilidades e é preciso pensar e decidir sobre isso antes, e não no momento do confronto.

O terceiro elemento é frequentemente difícil de definir. Significa quão pronto você está para fazer o que tem que ser feito nos poucos segundos que lhe restam. É a capacidade para reagir rápido e de modo eficaz, sendo o esforço, a reação de último momento. Se a situação chegar a esse ponto, você está autorizado a fazer o que for necessário para impedir a ação criminosa.

Como policial, você deve saber quando usar ou não a força, pois mesmo a violência possui diferentes níveis. Sua reação não tem relação com uma disputa insignificante, mas tem relação em não ser ferido ou morto em função da violência. E se a reação é de último momento, então você deve carregar sua arma e ficar pronto – com “bala na agulha” – antes de sair de casa. Quando uma situação chega ao extremo e é hora de usar a força, você deve estar pronto, pois do contrário, o despreparo tomará de você aqueles segundos que você não pode se dar ao luxo de perder.

Alguns policiais acreditam tanto nas técnicas de “tiro israelense” – nas quais se saca a pistola enquanto a mesma é alimentada – que acabam apostando a própria vida na crença de que o tempo gasto para estar realmente pronto é muito curto. Contudo, este tempo não significa simplesmente aquilo que se gasta para carregar uma arma e ficar pronto. Tempo também inclui o período que levará para que sua reação tenha algum efeito, porque mesmo a força letal leva tempo para se manifestar. Assim, você consegue fazer o que precisa ser feito, já?

Não se esqueça que se você falhar em qualquer dos três elementos do triângulo, a chance é de que a pessoa caída no chão seja você.

Fonte- Comunidade policial 

segunda-feira, 21 de março de 2011

Toda anunciação era vã? será?

É Lógico que as coisas mudam!

Antes eu não tinha nada!

E hoje eu já tenho porra nenhuma também!



Filhos da puta nunca mudam!  nem chorando!
Muito menos bêbados e molhados!




E crer pra ver o quanto eu posso advinhar...

Deixa ser... o tempo fala tanto, que uma hora somos obrigados a escutar.

terça-feira, 15 de março de 2011

Épocas, costumes e ações...



1959 X 2010 

Cenário 1: João não fica quieto na sala de aula. Interrompe e perturba os colegas.


Ano 1959: É mandado à sala da diretoria, fica parado esperando 1 hora, vem o diretor, lhe dá uma bronca descomunal e volta tranquilo à classe.

Ano 2010: É mandado ao departamento de psiquiatria, o diagnosticam como hiperativo, com trastornos de ansiedade e déficit de atenção em ADD, o psiquiatra lhe receita Rivotril. Se transforma num Zumbí. Os pais reivindicam uma subvenção por ter um filho incapaz.




Cenário 2: Luis quebra o farol de um carro no seu bairro.


Ano 1959: Seu pai tira a cinta e lhe aplica umas sonoras bordoadas no trazeiro... A Luis nem lhe passa pela cabeça fazer outra nova "cagada", cresce normalmente, vai à universidade e se transforma num profissional de sucesso.

Ano 2010: Prendem o pai de Luis por maus tratos. O condenam a 5 anos de reclusão e, por 15 anos deve absterse de ver seu filho. Sem o guia de uma figura paterna, Luis se volta para a droga, delinque e fica preso num presídio especial para adolescentes. 

Cenário 3: José cai enquanto corria no patio do colégio, machuca o joelho. Sua professora Maria, o encontra chorando e o abraça para confortá-lo...


Ano 1959: Rapidamente, João se sente melhor e continua brincando.

Ano 2010: A professora Maria é acusada de abuso sexual, condenada a três anos de reclusão. José passa cinco anos de terapia em terapia. Seus pais 

processam o colégio por negligência e a professora por danos psicológicos, ganhando os dois juizos. Maria renuncia à docência, entra em aguda depressão e se suicida... 

Cenário 4: Disciplina escolar


Ano 1959: Fazíamos bagunça na classe... O professor nos dava umas boa "mijada" e/ou encaminhava para a direção; chegando em casa, nosso velho nos castigava sem piedade.


Ano 2010: Fazemos bagunça na classe. O professor nos pede desculpas por repreendernos e fica com a culpa por faze-lo . Nosso velho vai até 

o colégio se queixar do docente e para consolá-lo compra uma moto para o filhinho. 

Cenário 5: Horário de Verão.

Ano 1959:Chega o dia de mudança de horário de inverno para horário de verão. Não acontece nada.

Ano 2010: Chega o dia de mudança de horário de inverno para horário de verão. A gente sofre transtornos de sono, depressão, falta de apetite, nas mulheres aparece celulite.

Cenario 6: Fim das férias.

Ano 1959: Depois de passar férias com toda a família enfiada num Gordini, após 15 dias de sol na praia, hora de voltar. No dia seguinte se trabalha e tudo bem.


Ano 2010: Depois de voltar de Cancún, numa viajem 'all inclusive', terminam as férias e a gente sofre da síndrome do abandono, pánico, attack e seborréia...


Pergunto eu ... 

QUANDO FOI QUE NOS TRANSFORMAMOS NESTE BANDO DE BOSTAS...? 

TABELA DO CASAMENTO




ANTES... 
DEPOIS... 

Duas por noite. 
Duas por mês. 

Você me deixa sem fôlego!!! 
Você está me sufocando!!! 

Não pára!!! 
Nem vem!!! 

Estar ao teu lado!!! 
Vire para o seu lado!!! 

Me pergunto que faria sem ela... 
Me pergunto o que faço com ela... 

Erótica!!! 
Neurótica!!! 

Ela adora como controlo a situação... 
Ela diz que sou um manipulador egoísta... 

Ontem transamos no sofá... 
Ontem dormi no sofá... 

Minha gatinha, meu ursinho, minha coelhinha... (bichinhos pequenos e fofinhos). 
(Os bichos crescem): sua vaca, seu cachorro, sua galinha, seu veado... 

Os embalos de Sábado a Noite... 
O futebol de domingo a noite... 

Você vai comer só isso? 
Talvez fosse melhor comer só a salada... 

É como se eu estivesse sonhando!!! 
Estou tendo um pesadelo!!! 

Concordamos em tudo!!! 
Ela não pode tomar nenhuma decisão? 

Cueca de seda... 
Samba-canção (aquela do pacote com 3). 

Adoro suas curvas... 
Eu nunca disse que você está gorda? 

Ele está completamente perdido por mim!!! 
Porque ele não pede informações? 

Croissant e capuccino... 
Café com margarina... 

Você fica tão sexy de preto!!! 
Suas roupas são tão deprimentes!!! 

Camarão... 
Sardinha em lata... 

Biquini asa delta... 
Maiô tipo americano... 

Garrafa de vinho.... 
TANG sabor uva... 

Camisa dentro da calça... 
Barriga fora da calça... 

Não acredito que tenhamos nos encontrado!!! 
Não acredito que acabei ficando com você!!! 

Vem para cama que eu estou te esperando!!! 
Levanta seu molenga, que tá na hora!!! 

Vem cá benzinho que eu esquento seu pezinho!!! 
Sai com esse pé frio pra lá!!! 

Meu bem pra cá, meu bem pra lá... 
Meus bens pra cá, seus bens pra lá... 

Vou te COMER na cama!!! 
Vou te FUDER na justiça!!! 

segunda-feira, 14 de março de 2011

Os gringos têm kits para tudo, e os diferenciam dependendo da emergência.

Os mais comuns são os EDC( every day carry), que como o nome já diz são para usar no dia a dia, em forma de pochetes, bolsas e mochilas pequenas, com itens básicos que podem ajudar numa pequena emergência do dia a dia mesmo. Pilhas extras, lanternas pequenas, um ou outro remédio de uso mais frequente, talvez um amendoim ou barrinha de cereal, coisa bem básica mesmo.(Para eles, um carregador extra para a arma de porte tb costuma entrar)

Já numa segunda categoria estão os BOB(Bug Out Bag), kits maiores em forma de mochila que normalmente ficam no carro, ou escritório e que basicamente servem para você chegar em casa(onde está mais equipado) após uma catástrofe ou outra emergência maior, imaginando que talvez você precise andar por até 3 dias do trabalho(ou onde estiver) até em casa, portanto além dos itens do EDC em maior quantidade, também entram água e alimentos neste kit, e qualquer coisa que achar necessária para manter sua vida e saúde neste período de tempo.

O mais hardcore dos kits é chamado de INCH(I'm Never Coming Home), este é o que vc tem em casa e usa no caso dos eventos tipo TEOTWAWKI( The End Of The World As We Know It), ou seja, o mundo atual acabou, voltamos a outras formas de sociedade por força de enormes eventos, sejam naturais ou man made, e vamos embora de casa para provavelmente nunca mais voltar, e precisamos de tudo o que seja essencial para vivermos do que a terra nos pode fornecer, algo tipo sobreviventes do fim do mundo mesmo.

domingo, 13 de março de 2011

Provérbio 23: 29-35



Para quem são os ais? Para quem os pesares? Para quem as pelejas? Para quem as queixas? Para quem as feridas sem causa? E para quem os olhos vermelhos?
Para os que se demoram perto do vinho, para os que andam buscando vinho misturado.
Não olhes para o vinho quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente.
No fim, picará como a cobra, e como o basilisco morderá.
Os teus olhos olharão para as mulheres estranhas, e o teu coração falará perversidades.
E serás como o que se deita no meio do mar, e como o que jaz no topo do mastro.
E dirás: Espancaram-me e não me doeu; bateram-me e nem senti; quando despertarei? aí então beberei outra vez.

terça-feira, 1 de março de 2011

Meu Drão.


Agora chove, e molha, deixando tudo no silêncio das gotas que caem.
Inunda esse vazio que me enche, que escorre dos meus olhos já cansados do que não vêem.


De quem não vem.
De quem?  de quem?


Sou eu quem deveria ir, partir, mas estou encharcado, flutuando no vazio de todas essas palavras.
No nosso dicionário já desgastado pelas mãos que nos tocaram, e ninguém revelou o meu.
O seu
Significado.Seu suor que não escorreu, seu brilho apagado no escuro dessa coberta.


E as coisas faladas vividas sentidas, que eu ainda vivo a inventar, quando ando na cidade e passo em algum lugar, que me faça lembrar viver e respirar, tudo aquilo que chorei.
E que não quero mais lembrar.


Saudade da minha guerra que não alcancei
Saudade da paz que nunca tive.

Vontade de ser o que errei. Palavras pra trás de amizade.
Que vão ficar só na vontade.
Por deixar pra trás que eu amei.