terça-feira, 1 de março de 2011

Meu Drão.


Agora chove, e molha, deixando tudo no silêncio das gotas que caem.
Inunda esse vazio que me enche, que escorre dos meus olhos já cansados do que não vêem.


De quem não vem.
De quem?  de quem?


Sou eu quem deveria ir, partir, mas estou encharcado, flutuando no vazio de todas essas palavras.
No nosso dicionário já desgastado pelas mãos que nos tocaram, e ninguém revelou o meu.
O seu
Significado.Seu suor que não escorreu, seu brilho apagado no escuro dessa coberta.


E as coisas faladas vividas sentidas, que eu ainda vivo a inventar, quando ando na cidade e passo em algum lugar, que me faça lembrar viver e respirar, tudo aquilo que chorei.
E que não quero mais lembrar.


Saudade da minha guerra que não alcancei
Saudade da paz que nunca tive.

Vontade de ser o que errei. Palavras pra trás de amizade.
Que vão ficar só na vontade.
Por deixar pra trás que eu amei.


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