quarta-feira, 8 de maio de 2013

Se surpreende com os estupros nas vans e no ônibus? Eu não...

No fundo, no fundo, (e na superfície) ambos querem e conseguem a mesma coisa. Diante da ameaça consentida ou do pedido jeitoso, os seduzidos e deslumbrados pelos cometas artísticos do momento, compram o CD.

Nada contra Teló, Anitta, Naldo, e essa legião que apenas descreve, mal, e porcamente, obviedades sexuais, que todo mundo nasce sabendo.

A grande obra poética “Amor de Chocolate” tem isso:

“Eu já tô cheio de tesão
e cada vez eu quero mais.
Eu não tô de brincadeira,
eu meto tudo, eu pego firme pra valer,
chego cheio de maldade, eu quero ouvir você gemer.
Corpo quente, tô suado, vem melar e vem lamber,
só o cheiro, só o toque, já me faz enlouquecer”.
...


E tem gente que estranha estupro em ônibus, à luz do dia, no RRRio de Jianieiiiiro, não é mesmo Annenberg?

O velho Cícero, há 2000 anos, berrava em Roma (cujo Império, imortal, morreu no ano 476 D.C. - depois de Cristo):

Ó tempora! Ó mores! (Ó tempos! Ó costumes!).

Crianças do Brasil, uni-vos! Cuidem-se! A pedofilia e outras aberrações humanas estão soltas.

Mas, relaxem. Ouvir Naldo, na sala e no quarto, POOOODE!

É educativo.

Letra obscena escrevia Dolores Duran em “Noite do meu bem”:

Hoje eu quero a rosa mais linda que houver
E a primeira estrela que vier
Para enfeitar a noite do meu bem.

Hoje eu quero paz de criança dormindo
E abandono de flores se abrindo
Para enfeitar a noite do meu bem.

Quero a alegria de um barco voltando
Quero ternura de mãos se encontrando
Para enfeitar a noite do meu bem.

Hoje eu quero o amor, o amor mais profundo
E quero toda a ternura do mundo
Para enfeitar a noite do meu bem.


Caretice, para quem apenas se mela e se lambuza com chocolate. E acha que ama.



Cascione, Vicente.

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