terça-feira, 9 de novembro de 2010

Mate amargo.

A todo vapor meu ser ao movimento,
Feliz da china que não me aguentou.
Surtiu efeito logo no fim,
E foi no início que se arrebentou.

Dissemos coisas indizíveis!
Fizemos amor como marginais.
Tiramos do corpo as nossas carnes.
E das almas nossas virtudes!

Qual o remédio que tu tomastes?
Qual o veneno que me padece?
Por que saímos sem perceber.
E só na lágrima restou embate!

E foi de frente que te encarei sem dó.
Do mesmo jeito que hoje me encaro.
Pra não sofrer, não ser mais um, ou ter-te dó!
Pago com honra, pra não quitar mais caro.

E se por acaso nas convicções vier a falhar.
Me conheça homem, humano e viciado!
Pois comigo mesmo sempre tenho a  teimar.
Por nessa vida ser mais um dos desgraçados!

Que se sujam com verdades sem razão!
Que te apelo pela lança em braços rijos!
Que te faço minha presa minha lebre
Que te tiro da tua boca nenhum riso.

Pois me conheço! guasca errante velho de guerra.
Que trai a vida, trai as verdades e as mentiras.
Que carrega tri feliz essas condolências.
Mas que ferido não lhe pede algum auxílio.


Pois me ufano de ser quem eu era!
Pois me alegro de saber quem sou.
vai ser um dia de alegria na primavera...
Em que enterrei em cova rasa meu amor.

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