domingo, 13 de fevereiro de 2011

E a chuva caiu...

Ele estava dormindo...
E ela chegou, toda tímida, e linda, nem parecia que cinco meses tinha feito alguma diferença em seu sorriso, seu cabelo, seu corpo magricelinho...
Ficaram se olhando e se admirando, nem parecia que tinham tanta raiva para soltar! tantos palavrões e rancores presos. Ele, sempre mais frágil do que ela nessas ocasiões, nada falou... ficou sentado em sua cama, apena pegou na mão da sua menina, que tinha fugido para a terra da prata. E ficou a olhar e engolir tudo de ruim que sentira, apenas para fazer reviver aquele amor, que pensava( mentira, não pensava) ter morrido.

E nem sequer adoeceu.


E ela cheirosa de um banho recente, arrumadinha e cheia de brilho, Só queria confirmar seus pensamentos, ela que se manisfestava já saudável daquele relacionamento doente, e cheio de vícios, que nem ela nem ele lembravam como podia ter chego ao fim algo tão grandioso...

E chegou ao fim?
Naquele momento os dois se perguntavam... era tanta vontade guardada, tanto desejo aflorado, que a chuva caiu...

E inundou aquele quarto aquela noite, sem nenhum dos dois perceber, que:

Esse lapso temporal, ficou incompreendido já que o amor ali estava, e a saudade mesmo depois de derrubada não morria.


Ele sempre deixou claro que preferia dormir antes de vê-la partir...
E mais uma vez não conseguiu,E teve que  levar seu anjo até o portão.E vê-la partir, junto com as lágrimas que já nem faziam diferença na sua vida.


A viu partir, e não queria dizer nada... Nenhuma palavra salvaria o passado, assim como não faria o futuro feliz. Não por mais do que aquela linda noite.

Foi apenas um momento, um momento para se aprender que: Não se deve chorar pelo que não morreu, e nem sofrer por aquilo que não se batalhou o suficiente.

O que ela deve estar pensando agora?
Qual foi e qual é o papel da minha vida, na vida dela, ontem e hoje?
Que saudade que fica...


E assim foi mais uma noite que não aconteceu... de um rapaz que não existiu... de um amor que não morreu.

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